História do edifício
O Hotel Príncipe da Beira surge da recuperação do Antigo Seminário do Fundão. A intervenção no edifício consistiu na remodelação do corpo principal e na ampliação do antigo edifício.
O interesse cultural arquitectónico e histórico do edifício reside no facto de este ter servido de albergue de instituições, que de formas diversas e em tempos diferentes, contribuíram para o desenvolvimento sócio - económico e cultural do concelho.
Não havendo registo da data de construção do edifício, os dados recolhidos apontam para que tenha sido edificado em meados do século XVIII, na época do Marques de Pombal, iniciando a sua actividade como Fabrica de Fiação que produzia os fios para as tecelagens da Covilhã. Com a instabilidade politica do início do século XIX, a fabrica fecha as suas portas.
Ocupado pelo Seminário Menor do Fundão entre 1919 e 1935, o edifício ganhou nova vida graças a importância daquela instituição. De facto a existência do Seminário permitiu que muitas crianças oriundas de meios familiares mais carenciados pudessem estudar.
Grandes foram os nomes que passaram por este estabelecimento de ensino que se destacaram em várias áreas, desde a arte à ciência e à vocação clerical, tais como Virgílio Ferreira, José Nuno Figueiredo, Nicolau Firmino, Abel Pereira Delgado, Agostinho Homem, José Soares da Fonseca, José António Saraiva e Aquilino Ribeiro.
Para estes, o Antigo seminário foi fonte permanente de inspiração.
Em 1935 o edifício passou a ser ocupado pelo Abrigo de São José, por 39 anos. Este Abrigo foi uma escola de ofícios tradicionais com marcenaria e carpintaria, ensinando formas alternativas de trabalho, além da agricultura. Em 1974 a escola de artes e ofícios é transferida para a Aldeia de Joanes. Com a construção do novo seminário, o edifício transformou-se num abrigo para os refugiados das antigas colónias portuguesas.
Em 1975 a Diocese da Guarda adquire o edifício, por uso capião.
No início da década de oitenta, quando os antigos refugiados das antigas colónias deixaram o local, o edifício foi comprado por particulares que iniciaram pouco tempo depois, as obras de reconstrução do edifício que veio a albergar o que hoje é o Hotel Príncipe da Beira, devendo o seu nome ao forte do séc.XVIII construído na floresta amazónica no Brasil pelos Portugueses.